A pregação da verdade, através de pensamentos, palavras e atitudes, sempre foi uma característica comum entre todos os grandes espíritos que já passaram por este plano, que exemplificaram, através de sua própria conduta, um certo modelo, que em alguns casos, teria sido o modelo máximo de conduta sacerdotal a ser seguido, como base no processo de libertação de nossos irmãos, bem como nossa própria libertação.
Partindo deste princípio, cujo objetivo primário é o de nos reaproximar de Deus, posso afirmar que o exercício do sacerdócio é instrumento valioso, quando utilizado de forma correta, de alto grau de responsabilidade, e que deve ser realizado com seriedade e perseverança pelo que aspira níveis mais altos de conhecimento e evolução espiritual.
Ainda, ao se partir de um princípio onde vidas são confiadas nas mãos de um sacerdote, e que este passa a ser uma espécie de referência àqueles cujas vidas foram confiadas, torna-se de suma responsabilidade uma vivência íntregra, pois atos e palavras desconformes com a essência sacerdotal podem vir a causar verdadeiros danos na vida daqueles que tomaram tal sacerdote como modelo a ser seguido em suas vidas, ou seja, passamos desta forma a sermos responsáveis não apenas pelo bem que deixamos de praticar, mas pelo mal que causamos através de nossas influências na vida de nossos irmãos.
Entendo que somos ou que não somos, que deve haver sim ou não, sem meio-termo, afim de que sejamos os melhores naquilo que nos propomos a fazer, e que o esforço empregado deverá ser sempre para atingir o nível máximo da perfeição, ou o nível ainda superior do maior conhecido por nós. Logo, afirmo que, mesmo que não consiga chegar ao nível máximo da perfeição, estarei empregando todos, absolutamente todos os esforços para alcançar tal meta.
Creio numa verdade única como essência para a formação sacerdotal, e que apenas através da vivência dessa verdade que será possível mudar meus valores e de meus irmãos. Creio que a vivência destes princípios universais exijam força e coragem de quem os almeja, que devem ser alcançados através da perseverança, utilizando-se da prudência e temperança como ferramentas necessárias no exercício racional e disciplinado do aprendizado. Desta forma, creio que a vivência sacerdotal é para os fortes de coração e espírito, cujos olhos brilham frente às desgraças do mundo ao enxergarem a oportunidade de serem úteis aos que sofrem, dispostos a enfrentar as adversidades que serão interpostas em seus caminhos, confiantes de que a fortaleza maior só se consegue através do reconhecimento das próprias fraquezas, e que, uma vez reconhecidas tais fraquezas, em união com Deus, passamos a ser insuperáveis, indestrutíveis, verdadeiras forças da natureza, condutores de nós mesmos e resgatadores de nossos irmãos, atuando como verdadeiros sacerdotes.
Templo Espiritualista Amigos de Vida Plena
