Rogo a Deus

Rogo a Deus que me conceda sabedoria para compreender o meu verdadeiro papel, pois em todas as realizações estou, no grau mais alto destas, apenas como um mero instrumento da força do Cristo, verdadeiro transformador de vidas. E, desta forma, vivo a crença de que, se por um lado torna-se prepotência afirmar que tenho algo nesta vida, por outro torna-se soberba ainda maior afirmar que, por mim mesmo, sou algo nela.

Rogo para que ao findar dos trabalhos, após as últimas palavras de agradecimento, eu não me esqueça do real propósito de pertencer às crenças que milito, e que leve, de forma prática à minha vida e de meus irmãos, todos os ensinamentos que foram ministrados e concebidos pela graça e misericórdia de Deus.

Rogo para que eu possa compreender que, frente àqueles irmãos imersos em dores e sofrimentos, e que buscam o alívio de suas tristezas por meio daqueles que militam em nome de uma causa maior, eu possa me esvaziar de mim, e me preencher com aquilo que há de mais puro na consciência divina, chamado amor, real e genuíno.

Rogo para que minha fé seja aumentada, pois nada sou, além de espírito, e nada tenho, além do amor concebido por Deus a mim no momento em que fui criado.

Busco, dentro das forças e fé que recebo, sendo ainda falho e errante, me tornar instrumento útil aos trabalhos Daquele que me deu a vida,  e servir com prontidão e integridade Àquele que por mim deu Sua vida.

E desta forma, em meio às oportunidades de trabalho a mim ofertadas, sendo Deus tudo para aquele que nada tem, rogo, de forma incessante, para que me tire tudo aquilo que Dele me afasta, rogo para que a energia incessante do Cristo possa correr em minhas veias espirituais com cada vez mais intensidade e força, e para que eu possa enxergar na escassez das ilusões, a fonte primária de reaproximação Dele. 

Rogo, desta forma,  para que a oportunidade de trabalho concebida nesta vida seja utilizada com diligência e prudência, no serviço útil àqueles que Deus assim julgar necessário, e jamais para minha auto-servidão e preenchimento dos meus vazios!

Que assim seja, hoje e na eternidade!

doce sacerdócio

A pregação da verdade, através de pensamentos, palavras e atitudes, sempre foi uma característica comum entre todos os grandes espíritos que já passaram por este plano, que exemplificaram, através de sua própria conduta, um certo modelo, que em alguns casos, teria sido o modelo máximo de conduta sacerdotal a ser seguido, como base no processo de libertação de nossos irmãos, bem como nossa própria libertação.

Partindo deste princípio, cujo objetivo primário é o de nos reaproximar de Deus, posso afirmar que o exercício do sacerdócio é instrumento valioso, quando utilizado de forma correta, de alto grau de responsabilidade, e que deve ser realizado com seriedade e perseverança pelo que aspira níveis mais altos de conhecimento e evolução espiritual.  

Ainda, ao se partir de um princípio onde vidas são confiadas nas mãos de um sacerdote, e que este passa a ser uma espécie de referência àqueles cujas vidas foram confiadas, torna-se de suma responsabilidade uma vivência íntregra, pois atos e palavras desconformes com a essência sacerdotal podem vir a causar verdadeiros danos na vida daqueles que tomaram tal sacerdote como modelo a ser seguido em suas vidas, ou seja, passamos desta forma a sermos responsáveis não apenas pelo bem que deixamos de praticar, mas pelo mal que causamos através de nossas influências na vida de nossos irmãos.

Entendo que somos ou que não somos, que deve haver sim ou não, sem meio-termo, afim de que sejamos os melhores naquilo que nos propomos a fazer, e que o esforço empregado deverá ser sempre para atingir o nível máximo da perfeição, ou o nível ainda superior do maior conhecido por nós. Logo, afirmo que, mesmo que não consiga chegar ao nível máximo da perfeição, estarei empregando todos, absolutamente todos os esforços para alcançar tal meta. 

Creio numa verdade única como essência para a formação sacerdotal, e que apenas através da vivência dessa verdade que será possível mudar meus valores e de meus irmãos. Creio que a vivência destes princípios universais exijam força e coragem de quem os almeja, que devem ser alcançados através da perseverança, utilizando-se da prudência e temperança como ferramentas necessárias no exercício racional e disciplinado do aprendizado. Desta forma, creio que a vivência sacerdotal é para os fortes de coração e espírito, cujos olhos brilham frente às desgraças do mundo ao enxergarem a oportunidade de serem úteis aos que sofrem, dispostos a enfrentar as adversidades que serão interpostas em seus caminhos, confiantes de que a fortaleza maior só se consegue através do reconhecimento das próprias fraquezas, e que, uma vez reconhecidas tais fraquezas, em união com Deus, passamos a ser insuperáveis, indestrutíveis, verdadeiras forças da natureza, condutores de nós mesmos e resgatadores de nossos irmãos, atuando como verdadeiros sacerdotes.

Templo Espiritualista Amigos de Vida Plena

psicografia | sobre as palavras

Que a luz de nosso Criador possa se fazer através das palavras de transformação, emanadas dos lábios desejosos de caridade e amor, rebuscadas pelo frescor amante da justiça, e direcionada ao caminho de salvação de seus irmãos.

Que estas palavras ardentes de amor sejam derramadas aos que possuem seus ouvidos ligados ao coração, e que do desejo intrínseco de servir brotem as pétalas da caridade, enfeitando os jardins da vida eterna, e aclimatizando com o perfume balsâmico da educação, todo e qualquer campo propício à semeadura.

Que os campos verdes, belos e límpidos da eternidade possam se descortinar sobre os olhos espirituais daqueles irmãos que arriscaram a ousaram conhecer e cultivar o verdadeiro amor em suas vidas.

E que ao caminharem pelas longínquas e eternas estradas do conhecimento, possam identificar o oculto, penetrar o impenetrável e, desta forma, viverem a plenitude de terem encontrado a Deus.

Caboclo Urubatão da Guia

Psicografia recebida em 31 de Agosto de 2013

E se tivéssemos, enraizada em nossos corações, a certeza da continuidade da vida após a morte?

Seres humanos extremamente evoluídos, que estiveram entre nossa humanidade em diversas épocas, acreditavam na máxima da existência, ou continuidade da vida, após a morte do corpo físico. 

Se entendemos que as mensagens deixadas por tais mestres possuem embasamento lógico, e são de extrema sabedoria, comprovadas por nós mesmos através de suas aplicações em nossas vidas, através de sua vivência real, por que relutamos em não acreditar no conteúdo das mensagens que ensinam sobre a continuidade da vida?

Exigimos, a cada dia, e talvez como uma forma de alento aos nossos defeitos e vícios, provas da existência post mortem, pois, talvez, nos seja mais confortável partir de um princípio onde, talvez, e apenas talvez, tudo a respeito da continuidade da vida possa ser verdade e, em estando na dúvida, continuamos a agir sem fé no porvir, ignorando leis universais e nos embebedando cada vez mais nos prazeres temporários e oscilantes providos pela matéria.

Nos deixamos levar, dia após dia, pelas satisfações de nossas conquistas mundanas temporárias, que nos geram pequenas doses da felicidade artificial, produzida nos laboratórios de um mundo ilusório, sem a menor consistência ou prazo de validade. 

Os anos se passam, e cada vez mais rápidos, e nos deparamos com a velhice de nossos dias, e, ao olharmos para trás, realizamos que nossas vidas continuam da mesma forma que sempre foi: continuamos a ter os mesmos tipos de problema de relacionamento conjugal, porém, com companheiros ou companheiras diferentes; continuamos a trabalhar de forma intensiva, porém, em empresas diferentes; continuamos com os mesmos hábitos nocivos que sustentamos por anos, porém, com drogas diferentes. 

Ao analisarmos as nossas vidas, de um ponto de vista puramente material, continuamos a ser os mesmos homens ou mulheres de décadas atrás, com as mesmas alegrias e tristezas temporárias, que surgem e desaparecem com o passar do tempo, deixando-nos incompletos e vazios em alguma coisa, por alguma razão que não sabemos explicar. 

Como se recebêssemos oportunidades oriundas de lugares ou estados de consciência que desconhecemos, sentimos, por poucas vezes, e como que centelhas de luz em meio a uma escuridão desolada, em poucos momentos puros de inspiração amorosa, a vontade de realizar obras diferentes em nossas vidas, de sair da rotina existencial que nos acompanhou por toda a vida, buscando alguma coisa incompreensível, mas superior, ao nosso estado de consciência.

Nesses momentos singulares entendemos que estamos em sofrimento, talvez por sermos quem sempre fomos, talvez por estarmos estacionados por décadas em idéias materialistas ou talvez por nunca termos procurado por algo maior em nossas vidas, fora do contexto material. Eis que, como que um sopro invadisse nossos corações, nos sentimos inquietos, buscando por algo que desconhecemos, mas que, de alguma forma, nos impele a acreditar que nos será bom, que nos trará a felicidade e a paz que nunca tivemos em nossas vidas.

Experienciamos, nesses raros momentos, uma sensação nova, diferente de todas as outras que já tivemos, e que, de certa forma, apenas pelo simples fato de vislumbrar a possibilidade de ser útil àqueles que mais sofrem, completa os espaços vazios que carregamos em nós por muito tempo. Satisfaz, mesmo que por um curto espaço de tempo, aquela sensação de vazio que sempre nos leva a questionar a origem, mesmo tendo em nossas vidas tudo o que consideramos suficiente para sermos felizes.

Nasce, então, dúvidas e mais dúvidas sobre o que poderia estar errado, faltando, necessitando ser reparado em nossas vidas, afim de que possamos desfrutar por mais tempo dessa tão singela, mas verdadeira felicidade que tivemos a breve oportunidade de experimentar. 

Mesmo não sabendo o que é, iniciamos a busca por algo maior, além da matéria, desconhecido aos nossos olhos materiais, mas que já pode ser sentido em nosso coração. Iniciamos pensamentos mais nobres em nosso íntimo, e já passamos a não dar a mesma importância às coisas materiais que outrora eram veneradas por nós, entendendo que a felicidade proporcionada por tais coisas sempre foi temporária.

Acervo de Reflexões | Junho de 2012

psicografia | aos irmãos de boa fé

Que os irmãos de boa fé, abençoados por Deus no conhecimento de Suas eternas e imutáveis virtudes amorosas, possam, frente a legião de irmãos ainda em sofrimeto, encherem os seus corações de alegria e coragem, embasando-se no amor do Cristo, para, juntos Dele, servirem e aliviarem as dores destes irmão ainda em trevas. 

Ainda, que estes irmãos de boa fé, legionários do exército de amor e misericórdia do Cristo, possam receber forças renovadoras através do evangelho da verdade, enraizando a sua fé no solo fértil e generoso regado outrora pelo sangue do Messias. 

Que estes irmãos de batalha possam ter os seus corações em paz ao final de sua jornada, entendendo e vivenciando os sacrifícios pelo Cristo não apenas como uma experiência ou cumprimento de dever, mas, acima de tudo, como uma doce oportunidade, resultante do amor de Deus por cada uma de Seus filhos.

Graças a Deus

psicografia recebida em 26 de Janeiro de 2013
Sr. João Caveira